quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Tricampeão na Pré-Libertadores

Em 2006, na vitória sobre o Sporting Cristal

Não se trata do São Paulo, do Nacional do Uruguai ou do Olímpia do Paraguai. O clube em questão é o Estudiantes, da Argentina, clube que recentemente foi goleado pelo Corinthians por 5 a 1 em amistoso realizado no Pacaembu. É evidente que o time que disputará a Libertadores será um pouco diferente, a começar por Verón, que foi desfalque no encontro com o time brasileiro.

Os três títulos do clube argentino, no entanto, foram na década de 60. Neste ano, o clube completa 39 anos da última vez em que levantou o troféu do torneio sul-americano. Foram três títulos consecutivos (68, 69 e 70). Em 1971, chegou na final, mas foi derrotado pelo uruguaio Nacional. O Estudiantes, porém, é só o terceiro clube argentino que mais vezes conquistou o torneio. O time de La Plata está atrás de Independiente (7) e Boca Juniors (6).

Mas para poder voltar a sonhar com o título da competição, o Estudiantes precisa passar pelo Sporting Cristal, do Peru. Um desafio que pode ser complicado, mas como foi demonstrado na postagem anterior, os números estão a favor do time da Argentina.

História

O Club Estudiantes de La Plata foi fundado no dia 4 de agosto de 1905. Seu nascimento foi fruto de uma dissidência do Gimnasia de La Plata, desde então seu arquirrival. Os fundadores eram associados do Gimnasia e estavam incomodados com a falta de espaço do futebol no clube, mais interessado em promover atividades sociais e esportes de salão. Tomás Shendden, um egresso da English High School (berço do primeiro grande time de futebol argentino, o Alumni) comandou o movimento de fundação do Club Atlético Estudiantes, assim denominado, porque seus vinte fundadores eram estudantes. Adotou as cores da English High School – a malha listada em vermelho e branco, calções e botas pretas. Seu primeiro presidente, Miguel Gutiérrez, foi eleito em 28 de agosto do mesmo ano.


A maneira como o Estudiantes surgiu foi muito importante para acirrar a rivalidade entre os dois clubes de La Plata. O Estudiantes só aceitava jovens com estudos, enquanto o Gimnasia, contrariando sua origem, passou a incorporar os menos favorecidos da cidade, principalmente os oriundos de bairros operários como Berisso e Ensenada. Fato que alimentou o nascimento de um dos maiores clássicos do futebol argentino.

O Estudiantes, no entanto, foi poucas vezes campeão nacional: 4. O primeiro título veio em 1967, quebrando uma hegemonia de clubes que se revezavam na conquista do campeonato argentino. As outras conquistas foram em 1982, 1983 e 2006.

Estádio

O Estudiantes manda seus jogos no estádio Jorge Luis Hirschi, no centro de La Plata. O nome é uma homenagem ao presidente do clube de 1927 a 1932. No início, a capacidade era para 28 mil espectadores, sendo que a maior parte das arquibancadas era de madeira. Foi inaugurado em 25 de dezembro de 1907. Após uma remodelação, o estádio teve sua capacidade aumentada para 53 mil pessoas.

Histórico na Libertadores

Na última decada, o desempenho dos argentinos foi razoável. No ano passado, caíram no grupo 2, terminando a fase de grupos na primeira colocação com 11 pontos. Foram 3 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota para o Deportivo Cuenca. O ataque marcou nove, enquanto a defesa sofreu 5 gols. Nas oitavas, o time argentino foi eliminado pela campeã LDU, após perder em casa por 2 a 0 e, no Equador, por 2 a 1.

No ano anterior, a equipe não se classificou para o torneio. Já em 2006, o Estudiantes estava novamente no grupo 2, após passar pela Pré-Libertadores ao derrotar o Sporting Cristal, mesmo adversário deste ano. Desta vez, ficou na vice-liderança com 10 pontos, sendo 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Marcou e sofreu 10 gols. Nas oitavas, o Goiás foi a vítima. No Serra Dourada, o Estudiantes perdeu por 3 a 1. Mas, na Argentina, a vitória por 2 a 0 garantiu a equipe nas quartas para enfrentar o São Paulo, sendo derrotada nos pênaltis, após vencer por 1 a 0 na Argetina e perder pelo mesmo placar no Morumbi.

O time caiu nas quartas de 2006, na primeira participação nesta década. No período entre 2001 e 2005, a equipe não conseguiu a vaga para o torneio. Portanto, nessas nove edições do novo milênio, o Estudiantes marcou presença em apenas 3. Para confirmar essa terceira participação serão dois jogos diante do Sporting Cristal. O primeiro no dia 28 de janeiro e o segundo no dia 4 de fevereiro.

Principais jogadores

Além do experiente meio-campista Verón, o Estudiantes deverá contar com os seguintes atletas para a 50ª edição do torneio sul-americano:

Goleiros: Mariano Andújar, Mauro Dobler, Cesar Taborda e Damián Gonzalo Albil

Defensores: Leandro Desábato, José Maria Basanta, Agustín Alayes, Juan Manuel Díaz, Marcos Alberto Angeleri, Julio Alberto Barroso, Leonardo Sánchez e Federico Fernández

Meias: Edgar Daniel González, Gonzalo Saucedo, Enzo Nicolás Pérez, Lucas Wilchez, Juan Sebastián Verón, Juan Manuel Huerta, Iván Diego Moreno y Fabianesi, Diego Alberto Galván, Rodrigo Braña, Leandro Damián Benítez e Leonardo Morales

Atacantes: Juan Manuel Salgueiro, Pablo Piatti, Pablo Ariel Lugüercio, Leandro Lazzaro Liuni, Cristian Venancio Bogado, Ezequiel Carlos Maggiolo e Mauricio Nicolás Carrasco

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sporting Cristal, um dos representantes peruanos


Apesar de toda polêmica criada, os clubes peruanos, como já havia antecipado na postagem anterior, estarão presentes na 50ª edição da Copa Libertadores da América. Em 2009, além do Sporting Cristal (melhor pontuação na temporada peruana passada), o Peru será representado pelo Universitario (campeão do Torneio Apertura 2008) e pela Universidad San Martin (campeã do Clausura).

O destaque ao Sporting Cristal se deve ao fato da equipe ser a primeira a estrear no mais importante torneio sul-americano. A equipe peruana disputará a "Pré-Libertadores", onde enfrentará o Estudiantes da Argentina, nos dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro.

História

O Club Sporting Cristal foi fundado em 13 de dezembro de 1955, no populoso distrito peruano de Rímac. O primeiro presidente foi Blas Loredo e o clube foi construído como um complexo esportivo destinado à prática do futebol, além de servir de encontro para os trabalhadores da Cervejaria Backus. O primeiro título veio no ano seguinte. Ao todo, a equipe conquistou 15 nacionais. A melhor fase foi a do tricampeonato peruano (1994, 1995 e 1996).

O Sporting Cristal manda seus jogos no estádio San Martín de Porres, situado no limite dos distritos de Rímac, San Martín de Porres e do Cercado de Lima, perto do rio Rimac. Tem capacidade total para 20 mil torcedores. No entanto, por motivos de segurança, não se utiliza a tribuna sul, que fica próxima ao rio. Dessa forma, a sua capacidade é para 15 mil. Os jogos considerados de alto risco são jogados no estádio Nacional José Diaz.

Libertadores

Essa será a 28ª participação do Sporting no torneio. A melhor campanha ocorreu em 1997, quando a equipe perdeu o título para o Cruzeiro. Nesta década, o melhor desempenho da equipe foi em 2004, quando alcançou as oitavas. Na ocasião, os peruanos enfrentaram o Boca Juniors. O time argentino venceu no Peru por 3 a 2 e empatou no "La Bombonera" por 1 a 1. A primeira fase do Sporting Cristal havia sido boa. Nos seis jogos disputados foram 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Marcou 13 gols e sofreu 9. O grupo 9 contava também com Rosário Central (ARG), Coritiba e Olímpia (PAR).

Nas outras edições desta década, a equipe não passou da primeira fase. Em 2007, foi eliminada na "Pré-Libertadores" pelo América do México. Os mexicanos venceram em casa por 5 a 0 e foram derrotados no Peru por 2 a 1. No ano passado, o Sporting não disputou a Libertadores.

Em 2006, o time peruano caiu no grupo 2, formado por Independiente Santa Fé (COL), Estudiantes (ARG) e Bolívar (BOL). Com 7 pontos, sendo 2 vitórias, 11 gols a favor e 12 contra, o Sporting ficou na terceira colocação. Nos duelos diante de seu rival deste ano, os peruanos não conseguiram superar o time argentino. Na Argentina, o Estudiantes venceu por 4 a 3. No jogo do Peru, um empate por 2 a 2.

Na temporada de 2005, assim como na anterior, os peruanos encararam outro grupo complicado: o grupo 8. Formavam a chave o Boca Juniors (ARG), o Pachuca (MEX) e o Deportivo Cuenca (EQU). O Sporting, mais uma vez, foi o terceiro colocado. Foram 7 pontos, sendo 2 vitórias, 5 gols a favor e 10 contra.

Além do Coritiba, outros dois times brasileiros estiveram no caminho do Sporting Cristal. Em 2003, o grupo 2 era formado por Paysandu, Cerro Porteño (PAR) e Universidad Católica (CHI). O time peruano terminou mais uma vez na terceira colocação com 7 pontos, sendo 2 vitórias, marcando 6 gols e sofrendo 7. O time paraense, um dos representantes brasileiros da edição, terminou na liderança desta chave. Em 2001, foi a vez do Cruzeiro, ao lado de Emelec (EQU) e Olímpia (PAR), fazer parte do grupo dos peruanos. O time mineiro terminou na liderança. O Sporting foi o último colocado com apenas 3 pontos, sendo uma vitória, marcando 4 gols e sofrendo 13. Em Minas Gerais, a Raposa goleou por 5 a 0.

No ano de 2002, os peruanos estavam no grupo 5, ao lado de Monarcas Morelia, do México, Nacional, do Uruguai, e Vélez Sarsfield, da Argentina. O Sporting amargou a última colocação e não somou um ponto sequer. Conseguiu marcar 5 gols, mas sofreu 14.

Elenco

Para a disputa de mais uma edição da Libertadores, o Sporting Cristal conta com os seguintes atletas:

Goleiros: Erick Delgado, José Carvallo e Julio Aliaga

Defensores: Wenceslao Fernandez, Miguel Villalta, Marcos Delgado, Luis Daniel Hernández, Víctor Anchante, Christian Ramos e Amilton Prado

Meias: César Ruiz, Franco Razzotti, Bryan Salazar, Renzo Sheput, Roberto Palacios, Gianfranco Espejo, Manuel Tejada, Daniel Sanchez, José Mezarina, Carlos Lobatón e Rinaldo Cruzado.

Atacantes: Paul Cominges, o brasileiro Wesley Brasília, Elkin Murillo, Miguel Ximénez e Janio Posito

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Libertadores 2009 - Real Potosí


No próximo dia 29 deste mês começa a chamada "Pré-Libertadores". Os times peruanos, ao contrário do que se imaginava, disputarão a competição. Nessa fase, quem representa o país é o Sporting Cristal. Mas o interessante para se destacar no momento é o adversário de um time brasileiro, o boliviano Real Potosí, que enfrenta o Palmeiras. O primeiro jogo será em São Paulo e o segundo em Potosí, na Bolívia.

Dois fatores podem complicar o Palmeiras. O primeiro é o pouco investimento feito no time que, no momento, para o ataque tem apenas três opções (Lenny, Daniel e Max). O outro é a tal da altitude boliviana (são quase 4 mil metros). Um confronto que teoricamente é fácil, mas que pode se tornar complicado. Portanto, é importante conhecer um pouco mais do Real Potosí, apesar de não ser a primeira vez que o time boliviano tem clubes brasileiros no caminho.

O Club Real Potosí como o próprio nome diz é de Potosí, na Bolívia. O clube foi fundado no dia 20 de outubro de 1941 com o nome de Club Bamin Potosí. Depois de pouco tempo na primeira divisão boliviana, o clube acabou. Em 1994 ressurgiu com o nome atual. A volta à elite da Bolívia ocorreu três anos mais tarde. É conhecido como o time do presidente Evo Morales.

O time boliviano manda seus jogos no estádio Victor Agustín Ugarte, também conhecido por Mario Mercado Vaca Guzmán. O estádio fica a 3960 metros acima do nível do mar, sendo um dos mais altos do mundo. A capacidade é para cerca de 32 mil pessoas.

O clube já foi duas vezes campeão nacional (2007 e 2008), além do título da segunda divisão em 1997. O time de Potosí irá disputar sua quarta edição da Libertadores - a terceira consecutiva. A primeira participação foi em 2002. Depois voltou em 2007 e desde então é figurinha carimbada no torneio sul-americano. Já na Copa Sul-Americana, a equipe disputou apenas a edição de 2007.

Na edição do ano passado, os bolivianos foram eliminados na fase de grupos. Foram os últimos colocados do grupo 1, que contava com Cruzeiro, San Lorenzo e Caracas. O time somou 6 pontos em seis partidas disputadas. Foram duas vitórias e quatro derrotas, 11 gols marcados e 11 sofridos. As duas vitórias foram na Bolívia (3 a 1 sobre o San Lorenzo e 5 a 1 sobre o Cruzeiro).

Em 2007, o time boliviano encontrou mais dois times brasileiros: Flamengo e Paraná, no grupo 5. Desta vez, ficou na terceira colocação. Somou, novamente, seis pontos, só que desta vez conseguiu apenas uma vitória (3 a 1 sobre o Paraná na Bolívia), três empates e duas derrotas. Marcou 8 gols e sofreu um a mais.

Somente na sua estréia na competição, em 2002, o Real Potosí, não enfrentou times brasileiros. O time caiu no grupo 3 que era formado por Peñarol, El Nacional e San Lorenzo. E mais uma vez os bolivianos somaram seis pontos, terminando na última colocação do grupo. Foram 10 gols marcados e 16 sofridos.

Em seis jogos contra times brasileiros na Libertadores, foram 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. O Real Potosí anotou e sofreu 10 gols. Veja a lista dos jogos:

Real Potosí 2 x 2 Flamengo (14/02/07)
Paraná 2 x 0 Real Potosí (21/02/07)
Real Potosí 3 x 1 Paraná (10/04/07)
Flamengo 1 x 0 Real Potosí (18/04/07)
Cruzeiro 3 x 0 Real Potosí (13/02/08)
Real Potosí 5 x 1 Cruzeiro (16/04/08)

O elenco do Potosí conta com o goleiro Hugo Suárez, que costuma aparecer na Seleção Boliviana. Para a defesa tem dois jogadores experientes: o argentino Sartori e o boliviano Colque, que atuou na seleção do país entre 2002 e 2005, marcando 2 gols em 20 jogos. Outro com várias passagens pela seleção é o meia Gonzalo Galindo, de 34 anos, que chegou ao clube no ano passado.

Quatro atletas do elenco marcaram gols contra os times brasileiros: Edhemir Rodriguez (no Flamengo) e Miguel Loayza, o paraguaio Isidro Candia e Luis Gatty Ribeiro (no Cruzeiro).

Confira os principais atletas do Club Real Potosí:

Goleiros: Hugo Suárez e Hamlet Barrientos

Defensores: Nicolás Sartori, Edhemir Rodríguez, Tissera, Santos Amador (ídolo da "torcida lilás"), Percy Colque, Gerardo Yecerotte, Ronald Eguino e Luis Gatty Ribeiro

Meias: Nicolás Suárez, Marco Paz, Jesús Gallegos, MIguel Loyaza, Rony Jiménez, Dino Huallpa, Isidro Candia, Gonzalo Galindo e Eduardo Ortiz

Atacantes: Adrián Cuéllar e Luis Sillero

sábado, 10 de janeiro de 2009

Números da série A2 do Paulista


No próximo dia 24, às 16h, começa mais uma edição da série A2 do Campeonato Paulista. Abrem a rodada os confrontos: São Bernardo x Rio Branco, em São Bernardo, e União Barbarense x Sertãozinho, em Santa Bárbara d'Oeste.

No ano passado, Santo André, Oeste de Itápolis, Botafogo de Ribeirão Preto e Mogi Mirim conseguiram o acesso à elite paulista. Por outro lado, Rio Preto, Rio Claro, Sertãozinho e Juventus deixaram a primeira divisão. Na parte de baixo da classificação da série A2 de 2008, ficaram Bandeirante de Birigui, Olímpia, Internacional de Limeira e XV de Jaú. Essas equipes disputarão, consequentemente, a série A3 do Campeonato Paulista neste ano. Os quatro que chegam da terceira divisão são Flamengo de Guarulhos, São Bernardo, Linense e União Barbarense.

Não dá para falar de A2, sem citar o Comercial. Como muitos torcedores gostam de brincar, é praticamente um "patrimônio" desta série. São vários anos na segunda divisão e a equipe de Ribeirão Preto não disputa a série A1 desde 1987. Portanto, há 22 anos. Nos últimos anos, a equipe teve poucas chances de acesso. Os comercialinos foram campeões da segunda divisão em 1958. No ano passado, a equipe ficou na modesta 16ª colocação, a três pontos do Bandeirante, o último rebaixado. Em 2007, o Comercial terminou na 13ª posição.

Algumas equipes despontam como favoritas ao acesso. Entre elas, Atlético Sorocaba, que no ano passado chegou perto, Ferroviária, São Bento de Sorocaba, São José e União São João de Araras. As duas equipes de Sorocaba ficaram no quase. Caíram no mesmo grupo na segunda fase e morreram abraçadas, deixando o acesso para Mogi Mirim e Oeste.

A equipe do União, nas últimas duas edições chegou muito perto, mas não conseguiu retornar à elite paulista, divisão que não disputa desde 2005.

A Ferroviária de Araraquara foi rebaixada em 1996 e, desde então, a chance mais clara de voltar à elite foi no ano passado. A equipe, assim como os sorocabanos e o time de Araras, chegou à segunda e decisiva fase da competição, mas parou por aí. Pouco pelo que se esperava, mas bastante se for considerado o fato de que tinha acabado de subir da série A3. Situação, de certa forma, parecida com a do Olímpia, campeão em 2007 da série A3, mas que não se sustentou na A2 e voltou para a terceira divisão.

O São José não chegou à segunda fase, mas ia muito bem na primeira. Mostrava força, mas no final caiu um pouco e deu espaço para o Oeste de Itápolis.

No entanto, vários outros times podem entrar na briga. Dos quatro que vieram da série A1, Juventus e Sertãozinho são os principais. O Rio Branco pode fazer uma boa campanha, mas não deve chegar à segunda fase. Catanduvense e o recém-promovido União Barbarense devem brigar por uma das oito vagas à segunda fase.

Acredito que os oito classificados para a segunda fase serão Atlético Sorocaba, Ferroviária, São Bento, União São João, Juventus, Sertãozinho, Catanduvense e São José. Já Rio Preto, Rio Claro, Taquaritinga e Monte Azul devem disputar a série A3 de 2010.

Curiosidades

* Apesar de ter usado o termo "segunda divisão", as séries A1, A2 e A3, englobam a primeira divisão. A segunda divisão, de acordo com a Federação Paulista de Futebol, é a chamada série B.

* A FPF (Federação Paulista de Futebol) é responsável pelo futebol paulista desde 1947. O nome série A2 foi instituído em 1994. Antes disso foram vários outros nomes. Confira:

- Segunda Divisão (de 1947 a 59 e de 1980 a 86)
- Primeira Divisão (de 1960 a 76)
- Divisão Intermediária (de 1977 a 79 e de 1991 a 93)
- Divisão Especial (de 1987 a 90)

* Os maiores campeões da segunda divisão paulista são:

- XV de Piracicaba (4 vezes);
- América, Araçatuba, Inter de Limeira, Noroeste e Santo André (3);
- Botafogo, Bragantino, Ferroviária, Juventus, Marília, Mogi Mirim, Oeste, Paulista, São José, Taquaritinga, Taubaté e XV de Jaú (2)

* Últimos artilheiros

2008 - Márcio Mixirica (Santo André) - 13 gols
2007 - Anderson (Rio Preto) - 12 gols
2006 - Everton (Barueri) - 17 gols
2005 - Didi (Bragantino) - 13 gols
2004 - Reginaldo (Bandeirante) - 15 gols

* Últimos campeões

2008 - Santo André
2007 - Portuguesa
2006 - Barueri
2005 - Juventus
2004 - Internacional de Limeira

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Números do Paulistão


No próximo dia 21 de janeiro, Palmeiras e Santo André abrem, no estádio Santa Cruz em Ribeirão Preto, mais uma edição do Campeonato Paulista da primeira divisão. O Palmeiras foi o campeão do estadual em 2008, enquanto o Ramalhão levou o título da série A2.

Nas últimas cinco edições, o time alviverde sempre esteve entre os dez melhores da competição. Foi quarto em 2004, nono em 2005, terceiro em 2006 e quinto em 2007. O time do ABC volta à primeira divisão, onde há um bom tempo não vai bem. O último bom desempenho, nestes cinco anos analisados, foi um quarto lugar em 2005. No ano anterior, foi nono. Em 2007, quando foi rebaixado, foi o último colocado. No ano de 2006 havia sido o 15°.

O Botafogo, dono do estádio onde será aberta a competição, não disputou a primeira divisão nesses últimos cinco anos. De volta neste ano, o time de Ribeirão busca pelo menos se manter na elite paulista. Outros que pouco disputaram a série A1 nesse período foram Mirassol, Oeste, Guaratinguetá e Barueri.

O Mirassol voltou à elite no ano passado e fez uma boa campanha: foi o oitavo colocado. Já o time de Itápolis, que está de volta, participou pela última vez da série A1 em 2004, quando foi o último e permaneceu quatro temporadas na segunda divisão. Tanto Guaratinguetá como Barueri são times com históricos recentes na competição paulista. O Guará conseguiu o acesso em 2006. No ano seguinte, foi décimo colocado e sagrou-se campeão do interior. No ano passado, foi melhor ainda. Terminou na primeira colocação na fase inicial e ficou com a quarta colocação no geral. O Barueri chegou à elite no mesmo ano do Guará. Na oportunidade, foi o décimo quinto colocado. Mas o ano seguinte foi bem melhor: sexta colocação e título de campeão do interior.

Por outro lado, outros oito clubes participaram da elite em todos esses cinco anos. São eles: São Paulo, Corinthians, Ituano, Marília, Ponte Preta, Paulista, Santos e São Caetano. O tricolor paulista ficou sempre entre os cinco melhores. Foi campeão em 2005, vice em 2006, 3° nas últimas duas edições e 5° em 2004. O Santos é outra equipe que tem tido bons desempenhos. Foi campeão em 2006 e 2007. Em 2004 e 2005, foi o terceiro. O ano passado foi o "pior": 7°.

Ituano e Marília repetiram suas posições nas últimas duas edições. O time de Itu agarrou a 11ª colocação, enquanto o MAC "gostou" da 14ª. O melhor do Ituano foi a sétima colocação em 2005, enquanto o pior foi o 14° lugar no ano anterior. O Marília teve seu melhor desempenho em 2004: 10°. Já 2006 foi o ano da pior colocação: 16°, muito próximo do rebaixamento.

O Corinthians, detentor do maior número de títulos do campeonato, não levantou a taça nesses últimos anos. O melhor foi o vice-campeonato em 2005. O ano anterior havia sido o pior: 16° colocado, muito próximo do rebaixamento. No ano passado foi o 5°, uma posição acima de 2006 e quatro de 2007.

O São Caetano teve um 2008 decepcionante em relação aos anos anteriores. Foi apenas o 15°. Em 2005 e 2006, terminou na quinta colocação. Em 2007 foi vice e conquistou, em 2004, o título da competição em cima do Paulista, outra equipe que depois deste vice-campeonato não obteve bons desempenhos. Foi sexto em 2005 e 2007. No ano passado e em 2006, foi o 12°. A Ponte tem sido outra equipe irregular nas últimas edições. Em 2008 foi vice-campeã, após ficar na oitava colocação no ano anterior. Em 2006, ficou em 13°, duas posições acima do ano anterior e seis abaixo de 2004.

O Bragantino disputou as últimas três edições. Quando voltou, ficou na 14ª colocação, uma abaixo do ano passado. Em 2007 ficou na quarta posição. O Guarani ficou de fora em 2007. Na sua volta, foi o 16° e quase retornou à série A2. Em 2006, ano do rebaixamento, ficou na 17ª colocação, a mesma de 2004 (na oportunidade caíam apenas dois clubes). O melhor desempenho foi em 2005: 11°. O recém-promovido Mogi Mirim passou as últimas duas temporadas na série A2. No ano do rebaixamento (2006) foi o último, após um oitavo lugar no ano anterior e um 18° em 2004.

O Noroeste fez uma boa campanha quando voltou à elite: foi quarto em 2006. Mas nos últimos anos a equipe foi caindo. Caiu três posições em 2007 e mais duas no ano passado, terminando na nona colocação. A Portuguesa caiu no mesmo ano do Guarani, ficando na décima oitava colocação. No ano passado a Lusa estava de volta e terminaria no meio: 10°, mesma posição de 2005 e três acima de 2004.

Os artilheiros

Nestas últimas cinco edições, o Palmeiras fez duas vezes os artilheiros do Paulistão. No ano passado, Alex Mineiro anotou 15 gols, enquanto, em 2004, Vágner Love balançou as redes 12 vezes. Em 2007, marcando 13 gols, o artilheiro foi Somália, que defendia o São Caetano. Nilmar, pelo Corinthians, foi o artilheiro de 2006 com 18 gols. No ano de 2005 foi a vez do América de Rio Preto fazer o artilheiro da competição: Finazzi com 17 gols.

Curiosidade

Dos 20 clubes participantes da série A1 em 2009, apenas 9 disputaram todas as últimas cinco edições da elite paulista.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Decepção na Copa São Paulo de Futebol Júnior


Não pude acompanhar o jogo de estreia da Ferroviária na Copa São Paulo no último sábado. Mas nesta terça-feira fui até o Estádio Municipal do Jardim Botânico presenciar o duelo com o Cuiabá Esporte Clube. A tarde estava bem quente, mas o nível era muito baixo. Um típico jogo que desanima qualquer um.

Dos que vi atuar só se pode salvar poucos. Os principais são os que já atuaram pelo time principal: o zagueiro Alan e o volante Reinaldo. O primeiro já é quase uma realidade. Já teve 50% do seu passe comprado pelo Grupo Montoro e deve brigar pela titularidade na série A2, apesar de muito jovem. Pode melhorar muito ainda na saída de bola, mas na zaga deu muita segurança ao seu companheiro de defesa, Juninho. Não é o Juninho que já jogou no profissional. Aliás, esse Juninho que atua na Copa São Paulo é bem limitado. Entregou pelo menos três bolas diante do Cuiabá. Já o volante Reinaldo era a principal peça de ligação entre a defesa e o meio-campo. Foi muito bem, principalmente nas horas em que era exigido. Deu uma tranquilidade a mais para a equipe.

O goleiro Carlos mostrou-se muito inexperiente. A equipe sofreu um gol de empate pelo fato dele retardar o reinício do jogo. Segurou a bola por muito mais de seis segundos e o árbitro marcou a falta dentro da área. Na cobrança realizada pelo meia Kauê, o gol de empate do time matogrossense. A sorte foi o gol salvador no final da partida após contra-ataque puxado pelo camisa 10, Leandro, que tinha entrado no lugar do camisa 9, Djavan. Um dos que havia ouvido grandes elogios, mas dentro de campo decepcionou. Perdeu chances claras de gol. Muita graça e pouca bola. Aliás isso predominou na partida. Muita preocupação em mostrar habilidade e pouca coletividade. Um jogo que poderia ser bem mais fácil. O adversário era muito aquém. Tanto que foi goleado na estréia pelo Palmeiras por 5 a 1.

Outro jogador que teve um desempenho razoável foi o meia João Felipe, que pode ser incorporado ao elenco profissional. Não foi brilhante mas mostrou ser rápido e fez bons lançamentos, pena que os atacantes não conseguiam se aproveitar disso. Aliás, o primeiro gol saiu quando o camisa 11, Walker, conseguiu dominar a bola e tocar na saída do goleiro Roberto.

Esperava uma boa equipe montada pelo treinador Valmir Gritti pois teve um bom desempenho com o elenco principal nas últimas quatro rodadas da Copa Paulista, apesar de apenas 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas. Soube motivar a equipe principal, mas o desempenho na Copinha deixa a desejar.

A esperança é que o time principal não precise tão cedo de jogadores da categoria de base. Um time muito inferior ao da Copinha do ano passado, eliminado pelo vice-campeão Rio Branco. Agora é esperar o próximo domingo para ver se esse time pode se superar contra o Palmeiras. Acredito que será bem difícil, ainda mais precisando vencer.

Copa São Paulo de Futebol Júnior - 2ª rodada

Palmeiras 3 x 2 Castanhal-PA

Ferroviária 2 x 1 Cuiabá

Ferroviária - Carlos; Paulo, Alan, Juninho e Gustavo; Reinaldo, Johny, Daniel e João Felipe; Djavan e Walker. Técnico: Valmir Gritti

Cuiabá - Roberto; João Paulo, William, Luis André e Natanael; Júlio César, Edésio, Kauê e Roni; Fabiano e Nivaldo. Técnico: Mosca

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Uma tarde no museu


Na última semana estive ausente do blog por motivo de viagem. Aproveitei também para conhecer o tão falado Museu do Futebol, localizado na entrada do estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. O dia era tipicamente paulistano. Apesar de nos encontrarmos no verão, o clima era um pouco frio e uma leve garoa caía sobre a cidade. O movimento era muito bom, inclusive encarei uma fila considerável para adquirir minha entrada pelo valor de seis reais.

O acesso ao museu se dá por meio de uma escada rolante, onde vários objetos (flâmulas, bandeiras, jogo de botão, cartazes, chaveiros, etc) de clubes do Brasil estão nas paredes. É um grande hall que recebe o nome de "Grande Área". Ao fim da escada, Pelé recebe os visitantes (virtualmente, é claro). A primeira sala ("Anjos Barrocos") possui uma lista dos principais jogadores brasileiros. Ao todo são 25 escolhidos e muitos geram discordância. E todos eles estão retratados no tamanho natural, em modernos vidros que vão mudando as imagens. Em seguida, a sala em que se pode ouvir vários gols em transmissões radiofônicas. No mesmo ambiente, é possível se escolher um gol e a narração, além de ouvir a história do lance. Logo se vê um espaço, nomeado "Rito de Passagem", mostrando vários momentos da final da Copa de 50, perdida em pleno Maracanã diante do Uruguai. Passando por essa sala, há um ambiente retratando todas as Copas, inclusive com vários lances e gols.

Existe também o espaço chamado "Exaltação" onde pode-se se ouvir a vibração de várias torcidas, tanto nos momentos de alegria como nos de decepção. E fica bem debaixo das arquibancadas do estádio. Há um setor onde, através de uma porta, se pode ver todo o estádio. Tem a sala contando a história do início do futebol no país, desde a época de Charles Miller, que dá nome à praça que fica na frente do Pacaembu. Interessante a área em que se juntam várias imagens de Pelé e Garrincha que nunca teriam sido derrotados jogando juntos com a camisa da Seleção.

Mas acredito que a sala "Números e Curiosidades" seja a melhor. Como o próprio nome diz, são vários números e curiosidades do mundo do futebol. A maior goleada, o maior público, o jogo com mais jogadores expulsos, apelidos de jogadores, nome de dribles e jogadas... No final, é lógico, há uma homenagem ao Pacaembu, onde são mostradas fotos da construção do estádio, algumas histórias e jogos que ocorreram no gramado do Municipal paulistano.

Não poderia deixar de prestar atenção se havia algo da Ferroviária. E não é que tinha... Logo no início, no hall "Grande Área" há um escudo da Ferrinha e, mais para o final, há um espaço em que estão representados, por meio de "cartazes", cerca de 120 clubes do Brasil. E dá-lhe Ferrinha. Há os nomes dos clubes, os uniformes, os hinos, as principais conquistas, os principais atletas... Da Ferroviária estão Bazani, Dudu, Sérgio Bergantin e Mauro Pastor. Aliás, mesmo fora da cidade, fiquei curioso para ver o desempenho do time que disputa a Copa São Paulo de Futebol Júnior, que tem a sua final no próprio Pacaembu. Não consegui assistir o jogo, mas me decepcionei ao saber dos 2 a 2 diante do Castanhal do Pará. Só havia ouvido elogios à equipe e acreditava que em 2009, os juniores iriam mais longe. Acompanharei essa semana... Vamos ver o que acontece...

Apesar de mostrar-me um pouco animado com o Museu, acredito que muito se pode melhorar ainda. Sinceramente, esperava mais, porém o museu é bom. Faltava alguma coisa desse tipo já que se fala tanto que o Brasil é o país do futebol. Talvez algumas coisas são desnecessárias, mas o museu se preocupa em retratar, não só os lances do futebol, mas o contexto em que aconteceram. O setor das Copas é um pouco desorganizado. Não há uma sequência muito lógica. Dá para se perder um pouco. Mas as imagens são muito interessantes, principalmente a foto em que Zico e Maradona disputam uma jogada.

Seria importante destacar que, num mundo em que as coisas se tornaram mais frias, distantes, a interação pareceu ter sido uma grande preocupação do museu. A começar pelo setor onde se pode escolher o gol para ver ou ouvir. O espaço "Jogo de Corpo" é mais interativo ainda. Pode-se bater um pênalti em um goleiro virtual. É possível saber a velocidade do chute e tirar uma foto da cobrança. Infelizmente não experimentei tal ambiente pois a fila era muito grande. Na saída do museu há uma loja com vários produtos ligados ao futebol, mas senti a falta da venda de objetos do próprio museu. Poderia haver, pelo menos, uma simples camisa com o logo do local. A loja é uma franquia e já está presente em vários shoppings da capital paulista. Depois da loja há um bar com vários monitores de LCD e bons produtos, principalmente para quem é chegado em um bom chope. Não posso esquecer de citar as quatro mesas de pebolim. Uma boa diversão. Sem dúvida um interessante passeio para se realizar em São Paulo.